quarta-feira, 23 de março de 2011

Quem dorme até tarde não é vagabundo!

Quem dorme até tarde não é vagabundo, diz ciência...


Pessoas com o gene da "verpertilidade" têm predisposição para acordar tarde
Shutterstock
Alvo de críticas de familiares e amigos, quem gosta de ficar na cama até a hora do almoço pode ter um motivo científico para a "vagabundagem": o distúrbio do sono atrasado. O assunto foi um dos temas abordados no 6º Congresso Brasileiro do Cérebro, Comportamento e Emoções, que aconteceu recentemente em Gramado.
O organismo humano tem um ciclo diário, de modo que os níveis hormonais e a temperatura do corpo se alteram ao longo do dia e da noite. Depois do almoço, por exemplo, o corpo trabalha para fazer a digestão e, conseqüentemente, a temperatura sobe, o que pode causar sonolência. 
Quando dormimos, a temperatura do corpo diminui e começamos a produzir hormônios de crescimento. Se dormirmos durante a noite, no escuro, produzimos também um hormônio específico chamado melatonina, responsável por comandar o ciclo do sono e fazer com que sua qualidade seja melhor, que seja mais profundo.

Pessoas vespertinas, que têm o hábito de ir para a cama durante a madrugada e dormir até o meio dia, por exemplo, só irão começar a produzir seus hormônios por volta das 5 da manhã. Isso fará com que tenham dificuldade de ir para a cama mais cedo no outro dia e, consequentemente, de acordar mais cedo. É um hábito que só tende a piorar, porque a pessoa vai procurar fazer suas atividades durante o final da tarde e a noite, quando tem mais energia.
O pesquisador Luciano Ribeiro Jr. da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), especialista em sono, explica que esse distúrbio pode ser genético: "Pessoas com o gene da ‘vespertilidade’ têm predisposição para serem vespertinas. É claro que fator social e educação também podem favorecer”. Mas não se sabe ainda até que ponto o comportamento social pode influenciar o problema.
A questão, na verdade, é que o vespertino não se encaixa na rotina que consideramos normal e acaba prejudicado em muitos aspectos. O problema surge na infância. A criança prefere estudar durante a tarde e não consegue praticar muitas atividades de manhã. Na adolescência, a doença é acentuada, uma vez que os jovens tendem a sair à noite e dormir até tarde com mais frequência.
A característica vira um problema quando persiste na fase adulta. “O vespertino é aquele que já saiu da adolescência. Pessoas acima de 20 anos de idade que não conseguem se acostumar ao ritmo de vida que a maioria está acostumada”, diz Luciano. Segundo ele, cerca de 5% da população sofre do transtorno da fase atrasada do sono em diferentes graus e apenas uma pequena parcela acaba se adaptando à rotina contemporânea.
O pesquisador conta também que, além do preconceito sofrido pelos pais, professores e, mais tarde, pelos colegas de trabalho, o vespertino sofre de problemas psiquiátricos com maior frequência: depressão, bipolaridade, hiperatividade, déficit de atenção são os mais comuns. Além disso, a privação do sono profundo, quando sonhamos, faz com que a pessoa tenha maior susceptibilidade a vários problemas de saúde: no sistema nervoso, endócrino, renal, cardiovascular, imunológico, digestivo, além do comportamento sexual.
O tratamento não envolve apenas remédios indutores do sono, como se fosse uma insônia comum. É necessária uma terapia comportamental complexa, numa tentativa de mudar o hábito, procurando antecipar o horário do sono. Envolve estímulo de luz, atividades físicas durante a manhã e principalmente um trabalho de reeducação.
E as pessoas que têm o hábito de acordar às 4 ou 5 horas da manhã? “O lado oposto do vespertino é o que a gente chama de avanço de fase. Só que esse não tem o problema maior no sentido social. Ele está mais adaptado aos ritmos sociais e profissionais. Os meus pacientes deste tipo têm orgulho, já ouvi mais de uma vez eles dizendo ‘Deus ajuda quem cedo madruga’”, diz o neurologista. 

terça-feira, 22 de março de 2011

Colesterol é uma doença?

                          

Colesterol Alterado e Triglicérides
Não. O colesterol é uma substância importante para a saúde.
 Ele é produzido pelo nossoorganismo, mas também o 
adquirimos por meio da ingestão de alimentos gordurosos.
O colesterol e outras gorduras não podem dissolver-se no sangue. 
Por isso, o colesterol que não é “aproveitado” pode ser eliminado
 pelo fígado com a ajuda de uma espécie de “lixeiro” e do colesterol
 bom (HDL).Tipos de colesterol
HDL - colesterol bom                             

Remove o excesso de colesterol no sangue,reduzindo o risco 
de formação 
das placas de gordura.Quanto maior a quantidade, melhor.
Em baixosníveis indica grande risco para o
 desenvolvimentode doenças cardíacas,  como infarto.
LDL - colesterol ruim
É o responsável pela formação de placas de gordura nas artérias, 
o que prejudica a passagem de sangue, indicando risco aumentado
 de infarto, derrame cerebral e entupimento das artérias das pernas.
Sintomas
O colesterol alterado não apresenta sintomas. 
A única maneira de saber se o seu colesterol está alterado
é fazendo um exame de sangue.
Riscos à saúde:
O colesterol passará a ser prejudicial para a nossa saúde se estiver 
fora dos valores normais.
Níveis desejáveis de colesterol no sangue
Colesterol total (soma do HDL e do LDL): menor que 200 mg/dL
Colesterol LDL: menor que 100 mg/dL
Colesterol HDL: maior que 40 mg/dL (homens) e maior 
50 mg/dL (mulheres)

Porque o colesterol fica alterado?

O colesterol pode subir por várias razões:

1Se ingerir muita comida gordurosa, “sobrará” muito colesterol em nosso
 corpo, e os “lixeiros” e o HDL
não conseguirão eliminá-lo.

2 - Algumas pessoas podem ter colesterol alto apesar de não 
comerem muita gordura. Isso acontece quando
o HDL é muito baixo ou quando o organismo possui poucos “lixeiros”.

3 - A falta de exercícios físico provoca o aumento do colesterol ruim (LDL) 
e diminui do colesterol bom (HDL).